A “oposição” defende o referendo
para dar solução às questões inerentes à reforma política, que são fundamentais
para que o Brasil avance rumo ao desenvolvimento, com segurança e regularidade.
A presidente Dilma Rousseff
propôs o plebiscito.
É importante, portanto, que todos
saibam a diferença sutil que há, entre o plebiscito e o referendo, para que não
sejamos enganados, ou, até mesmo atropelados por decisões que não nos
interessa, depois, inclusive, da mobilização nacional perder força.
A defesa do referendo pode
esconder uma arapuca para capturar a população que está nas ruas dizendo basta,
com o intuito de arrefecer a mobilização e, na esteira, deixar que as coisas
sigam como estão em que o reino da corrupção prevalece inalterado.
No referendo os eleitores são
chamados, apenas para homologar a discussão e decisão patrocinada pelo
parlamento, ou seja, pela câmara e o senado.
A convocação tanto para o
plebiscito quanto para o referendo é feita pela câmara ou pelo senado, ou por
ambos, respeitada a proporção legal de assinaturas de deputados e senadores.
No caso
brasileiro se a convocação fosse feita pela câmara precisaria da assinatura de
no mínimo 171 deputados federais, ou de 27 senadores, que representa um terço
de cada uma das câmaras.
Ocorre que,
nem a câmara nem o senado têm a necessária credibilidade e isenção para
promover as reformas, porque, estarão decidindo rigorosamente em causa própria,
principalmente, em razão das eleições de 2014.
No referendo o
povo será chamado apenas para homologar ou recusar a reforma proposta e
discutida pela câmara e o senado. Se a proposta atender ao apelo das ruas, tudo
bem! Mas, eu não acredito que, qualquer proposta de reforma política que parta
dos senhores deputados e ou senadores atuais, atenda ao reclamo popular. Assim,
se o povo não concordar com a aludida reforma voltar-se-ia à estaca zero, e a
futura eleição ficaria prejudicada, sob o prisma das demandas de uma população
indignada.
Ou seja, o
novo parlamento não seria renovado de modo suficiente, e as raposas políticas
continuariam tomando conta de seus respectivos galinheiros, como o fazem hoje.
Portanto, a
melhor saída é o plebiscito, porque, nele o povo será chamado para discutir a
reforma antes, antes de ela virar lei, ou de ser aprovada pela câmara e o
senado, perdendo-se tempo precioso, que será regulado, segundo os interesses
dos atuais deputados e senadores, e, literalmente, contra o interesse da
população brasileira, que já cansou dessa gente irresponsável, com raríssimas
exceções.
Portanto, não
se iluda, vamos para o plebiscito. E não tem essa de dizer que custará caro,
porque, caro, para o povo, custa a corrupções com suas lastimáveis
conseqüências.
Gastar
dinheiro com o plebiscito é muito melhor do que gastar uma fortuna com as
grandes arenas construídas para atender ao interesse maior da FIFA,
principalmente, porque, o legado residual, poderia acontecer, sem a Copa do
Mundo.
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