O índio é tão importante para o Brasil como o são as nossas florestas e rios. Portanto, é hora de pensar num Brasil abrangente. Os índios já não estão mais isolados porque os meios de comunicação e transportes evoluídos romperam há muito essa barreira. Com o rompimento inquestionável, o índio não é mais guardião do ecossistema, porque a sua situação sociocultural é frágil. O melhor caminho é a integração assistida nas suas respectivas regiões, de preferência. A mistura genética é positiva e permite a preservação da sua cultura cada vez mais dispersa, principalmente a ambiental, seu maior patrimônio. Do meu modesto ponte de vista a demarcação continua de terras para os índios a essa altura dos acontecimentos históricos, não é bom negócio para o país, principalmente, levando-se em conta a globalização dos interesses internacionais. O Brasil é um país poderoso exatamente porque preservou a sua unidade territorial desde o descobrimento. Qualquer precedente que se criar agora para desmontar essa sinergia é atitude desprovida de sabedoria.
Brasília - DF, 05 de junho de 2008.
Eustáquio Costa
