Tuesday, March 04, 2008

PRIVATIZAÇÃO DO BB e da CEF

Li na imprensa: o ministro Miguel Jorge defende a privatização do BB e da CEF. “Diz que o governo deve desfazer de todas as empresas que não são estratégicas para administrar o país. Afirma ser essa a opinião pessoal.” Onde há fumaça há fogo! Falar que o BB e a CEF não são empresas estratégicas para administrar o país, é no mínimo infantilidade do cidadão. Tenho pouca experiência na área bancária. Trabalhei trinta anos em cinco bancos, três privados e dois estatais. A CEF e o BB, bem conduzidos, administrados com seriedade, são instrumentos poderosíssimos para conduzir a política monetária do país. O ministro e todos aqueles que estejam por traz dessa idéia, antes de defendê-la, precisam estudar um pouco mais. O dinheiro na sua forma desmaterializada, sem valor intrínseco, sem lastro ouro, cuja credibilidade se sustenta no império da lei e da crença popular, na economia globalizada, é ferramenta indispensável para administrar qualquer coisa. Portanto, quem controla o dinheiro, o fluxo de caixa, a taxa de juros, os empréstimos, tem o poder de administrar bem ou mal. Ao contrário, para o sucesso do país, melhor seria a fusão das duas instituições para que fiquem ainda mais fortes, ou, que, as duas tenham administrações sintonizadas, com objetivos claros.

Brasília – DF, 01 de março de 2008.

Eustáquio Costa