Saturday, April 20, 2013

OS ÍNDIOS NÃO COMETERAM DESRESPEITO



A economia brasileira vista potencialmente, com certeza, é uma das maiores do mundo. Não falta água, terra, sol, energia, fauna, nem flora. Minerais, em abundância, povo, trabalhador e pacífico, mas, à beira do desespero. A participação da economia brasileira no mercado global seria maior e melhor, fossem os vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores, ministros e juízes, todos, representantes do povo, e não, fantoches, representantes de interesses escusos, sanguessugas do dinheiro do povo, em detrimento do interesse maior, o do eleito, do patrão.

Assim como os índios estão desesperados, e esse desespero veio tarde, pois estão à beira da extinção como povo, porque o Estado Brasileiro sempre desrespeitou essa gente maravilhosa, inteligente, que sabe, inclusive, viver em harmonia com a natureza. Está desaprendendo, é claro, mas a culpa não é deles, é do Estado irresponsável.

A invasão do parlamento não é um ato antidemocrático como querem alguns, porque de fato, a invasão do parlamento é de um grupo de pessoas travestido de deputados e de senadores, que, de fato, não o são, e nunca o serão. Continuarão representantes de interesses mesquinhos, hipócritas, e quase nunca trabalham para o bem, salvo as honrosas exceções, que se preocupam com os brasileiros.

Penso que, a invasão do Plenário da Câmara pelos índios é, ao contrário do que disse o comandante, um aviso aos parlamentares: “tomem cuidado, o povo está com o saco cheio”; sabe tudo de porco, de nojento que acontece nas casas legislativas do Brasil. 

Falta só mudar o foco de ação, agir em defesa de seus interesses, para exigir que as duas Câmaras se componham em maioria, de gente do bem. É isso que falta!

Os índios não foram desrespeitosos ao entrarem na casa do povo, na sua casa, portanto. A falta respeito é das autoridades brasileiras, quase que genericamente, porque, não cumprem o seu papel institucional. 

Há muito já não sabem a obrigação que têm para com a sociedade. Aliás, acham-se a maioria, que não fazem parte da sociedade, se vêem como seres superiores. Essa é a realidade!

Não divulgo minas previsões. Mas, quando a intuição me diz, e eu a escutei, ao final, sempre estive certo... Poderia enumerar alguns casos de relevância nacional, aos quais pude testemunhar que deixaram de acontecer, conforme se previa, porque os atores circunstanciais, não me escutaram.

Por isso, senhores vereadores, senhores prefeitos, senhores deputados, senhores senadores, senhores governadores, autoridades de nosso País: prestem atenção nos fatos. 

O povo está se matando, em guerra civil, como se a vida nada mais valesse, a despeito de ser o nosso maior patrimônio, pois, o resto é conseqüência.

Pode ser que a vida de quaisquer “autoridades”, excetuando os homens de bem, para o povo, também já não vale mais nada. Ao contrário do que imagina muitos, o povo sabe separar o joio do trigo, acontece que, está faltando trigo para o padeiro. Aí, se o povo resolver fazer a devida separação, não é difícil imaginar para onde os narizes apontarão. É nessa linha tênue que flutua a nossa jovem democracia. 

Há alguns dias foi idolatrada a Ministra Eliana Calmon, hoje é idolatrado o Ministro Joaquim Francisco, ambos sambem o que eu estou dizendo, cumprir a obrigação não pode ser motivo para idolatrar ninguém. Isso só demonstra o fio da navalha porque andam as nossas “autoridades”. Imaginem se o povo não saberá separa um Joaquim Francisco e uma Eliana Calmon do resto, um Pedro Simon, etc.  

Penso que, o povo ainda acha que a vida das autoridades ainda é importante. Preciso, portanto, que essas “autoridades” repensem o seu comportamento e olhe no espelho, para verem se a imagem reproduzida em seus olhos é a mesma que o povo está enxergando.

Caso contrário, é preciso que repensem suas respectivas condutas, porque, são os senhores e senhoras, que podem colocar em risco a democracia.

O povo apenas pode exigir a mudança de regime, circunstancialmente. No caso brasileiro o balde precisa entornar, pelo menos duas vezes. A primeira já foi há muito tempo, e as gotas da intolerância, da indignação do povo, não param de pingar.

Perguntem-se senhores e senhoras autoridades, umas às outras: o que o povo está pensando de nós, eis a questão relevante, a pergunta a ser respondida, não pelo povo, mas, pelos senhores e senhoras, “autoridades”. 

Escutem se quiserem! 

Eu não criei as palavras, apenas estou usando-as, com a força que elas me parecem ter.

Eustáquio Costa

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