A discussão dos
grandes temas econômicos, sociais e políticos, e a reforma tributária, no
Brasil, tão necessários para que o País avance, é sempre superficial e por
isso, não atinge o objetivo. Essa realidade evidencia a falta de interesse dos
governos e governantes em dar solução efetiva para as questões importantes. Eis
a razão porque os empreendimentos não acontecem, demoram, ou chegam capengas. As
obras públicas, os viadutos, as pontes, os hospitais e os tribunais, os
trilhos, as estradas, os portos e os aeroportos, a transposição do São
Francisco, tudo custa sempre mais caro do que poderia, e deveria. As obras são
feitas para que, imediatamente, sejam reformadas, e consumam mais recursos. Os
tribunais de contas fazem de conta, que contam. A violência não para de crescer,
os matadores, menores, sentem-se verdadeiros super-homens. Os Parlamentares não
enxergam que o limite da menor idade, está fora da realidade. Entre os juízes,
o número que trabalha mal e não honra o salário que a sociedade lhes paga, é
cada vez maior. Decidem contra as leis, contra o caderno processual,
transformam verdades em mentiras, e mentiras em verdades. Causam prejuízos
irreparáveis à Nação. Protegem quadrilhas, destroem famílias, empresas e
empresários, como se a justiça, devesse ser injusta. Não sou investigador, mas
posso citar dezenas deles, que não merecem o título. Para mim, esse é o grande
câncer que corrói o tecido social. O nepotismo, a corrupção, e as doenças
endêmicas se multiplicam, a despeito dos recursos técnicos que podem impedir tudo
isso. Esses recursos não são usados, como deveriam, e poderiam. A capacidade de
indignação da sociedade está entorpecida! Geneticamente nenhuma criança nasce
marcada para ser violenta, assassina, nem ladra. Porém, o exemplo que vem de
cima, na pirâmide social, não lhes garante perspectiva de vida melhor.
Entretanto, o País vive sua maior carência de mão-de-obra, em todos os
segmentos, mesmo assim, não cuidam de nossas crianças, nem de nossos jovens,
vítimas indefesas do descaso. A ausência do Estado leva essa gente para
caminhos cada vez mais escuros e tenebrosos. A vida suntuosa visível, imaginária,
inatingível para a maioria, é cada vez mais ululante na grande vitrine, a
televisão que tudo mostra em suas novelas, viciando, drogando, principalmente
os jovens. Nossos professores cada dia mais desestimulados e despreparados,
embora o conhecimento e a informação estejam disponíveis, atingíveis na
internet subutilizada. O Estado desorganizado não aproveita o potencial. A
indústria de base não recebe investimento suficiente. As fabricas de automóveis
que não podem andar, recebem incentivos permanentes. O Consumismo exacerbado e hipócrita
é cada vez mais estimulado, enquanto o Planeta pede socorro. A destruição da
família virou moda. Casamento virou sinônimo de união entre pessoas do mesmo
sexo. As drogas lícitas matam mais que as ilícitas. As empresas telefônicas
enganam a gregos e troianos. A banda larga 3G, outra forma de assalto. Os
laboratórios produzem os remédios paliativos, para garantir que o mercado seja
permanente, e os médicos, engrossam a corrente. A propaganda enganosa e
subliminar é usada frouxamente, em nome de Deus e do diabo, no festival de
igrejas que surgem em cada esquina, e não pagam impostos. As empresas também
abusam desse artifício, e tudo acontece ao arrepio da lei, sob a conivência do
Estado. Para onde se olha sobram autoridades e falta autoridade. A omissão e a
conivência de quem deveria dizer sim ou não, virou regra. Ninguém sabe de nada,
e todos acreditam. Deixa estar para ver como é que fica é o lema, e o leme.
Todo esse caldo é o freio infalível do desenvolvimento, e estímulo para a
contravenção, a corrupção e a pilantragem de toda ordem. Acordar o povo desse
pesadelo é o papel mais importante da imprensa que pretende ser livre.
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