Thursday, April 04, 2013

CASAMENTO ou UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO



Certo ou errado, eis a questão!
No Minidicionário da Língua Portuguesa, Silveira Bueno, casamento quer dizer: “CASAMENTO, s. m. Núpcias, enlace, matrimônio. CASAR, v. t. Unir por casamento, promover o casamento; p. aliar-se, ligar-se. MATRIMÔNIO, s. m. União legítima de homem com mulher; casamento; núpcias”.
Penso que qualquer discussão acerca da união civil entre pessoas do mesmo sexo deve antes de tudo, ater-se às definições de casamento, casar, matrimônio e união.
Parece-me que, fica mais apropriado para o caso, ao invés de se adotar a palavra casamento, adotar-se a expressão união civil. Pois, assim, não contrariaria as definições contidas nos dicionários.
Casamento deriva de casal, e casal lembra a união legítima entre pessoas de sexos diferentes, de animais para a procriação. É na vontade de procriar que se encontra a legitimidade da palavra casal. Ainda que, em alguns casos, não possam procriar em razão de alguma anomalia, esse fato não muda a questão de legitimidade.
Porém, no que diz respeito à utilização da palavra casal, ou casamento para referir-se à união civil entre pessoas de sexos diferentes, soa como barra forçada.
Entretanto, adotada a expressão união civil tudo se esclarece e se encaixa na rica língua portuguesa, e aos olhos da sociedade, porque fica mais fácil para a compreensão das pessoas com pensamento muito divergente. 
Não vejo nada de errado na união civil entre pessoas do mesmo sexo para alcançar as garantias legais, as seguranças jurídicas e institucionais, inclusive, no que diz respeito à adoção de filhos. É claro que, aqueles que se unirem nessa condição, precisam de grande esforço no sentido de suprir as referências de homem e mulher para o filho e/ou a filha adotados, condição importante, para que a sua criação não seja contaminada, no sentido de conduzir esses cidadãos adotados, a serem necessariamente – pessoas com o mesmo desvio de conduta. Pois, aí, poderíamos vislumbrar até mesmo o cometimento de crimes por parte daqueles que praticaram a união civil, e descuidaram da aludida criação.
Feitas essas considerações é preciso que a sociedade brasileira baixe a temperatura dessa discussão, porque, se não o fizer estará a sociedade, de maneira abrangente, agindo com ausência de sabedoria, o que é paradoxal, quando acreditamos na sociedade em que vivemos, com todos os seus defeitos e qualidades.

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