VOTO NÃO
Tenho acompanhado com interesse os diversos debates sobre o desarmamento. O que mais impressiona é a superficialidade com que as autoridades e jornalistas tratam o assunto, fato que demonstra claramente que estamos num mato sem cachorros. Como parece difícil entender o óbvio! A violência que mata não está nas armas, assim como não está nas drogas lícitas ou ilícitas. A doença, a fome, outras formas de violência, que matam ainda mais, também não estão na falta de estrutura hospitalar, nem na nossa incapacidade de produzir o alimento suficiente. Ambas estão na falta de vergonha dos políticos e na falta de preparo de grande parte da população, o que não lhes permite exigir. Entretanto, se os nossos organismos de imprensa descessem de vez do muro e praticassem com amor ao povo o seu mais valioso ofício, e aprofundassem todos os debates, tudo se resolveria. Resumindo: todos os fatos sociais com os quais convivemos têm muito mais relação com a nossa fantástica ignorância sobre o potencial construtivo do dinheiro – a tal ponto, que o usamos para destruir.
Brasília – DF, 13 de outubro de 2005.
Eustáquio Costa
Tenho acompanhado com interesse os diversos debates sobre o desarmamento. O que mais impressiona é a superficialidade com que as autoridades e jornalistas tratam o assunto, fato que demonstra claramente que estamos num mato sem cachorros. Como parece difícil entender o óbvio! A violência que mata não está nas armas, assim como não está nas drogas lícitas ou ilícitas. A doença, a fome, outras formas de violência, que matam ainda mais, também não estão na falta de estrutura hospitalar, nem na nossa incapacidade de produzir o alimento suficiente. Ambas estão na falta de vergonha dos políticos e na falta de preparo de grande parte da população, o que não lhes permite exigir. Entretanto, se os nossos organismos de imprensa descessem de vez do muro e praticassem com amor ao povo o seu mais valioso ofício, e aprofundassem todos os debates, tudo se resolveria. Resumindo: todos os fatos sociais com os quais convivemos têm muito mais relação com a nossa fantástica ignorância sobre o potencial construtivo do dinheiro – a tal ponto, que o usamos para destruir.
Brasília – DF, 13 de outubro de 2005.
No comments:
Post a Comment