A SINDROME DO SAPO FERVIDO
Vários estudos biográficos provaram que um sapo colocado num recipiente com a mesma água de sua lagoa fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Alguns de nossos empresários e executivos têm um comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E “quebram”, ou fazem um grande estrago em suas empresas, “morrendo” inchadinhos e felizes, sem perceber as mudanças. Outros, graças a Deus, ao serem confrontados com as transformações, pulam, saltam, em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.
Temos vários Sapos Fervidos por aí. Prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos, na água que se aquece a cada minuto. Sapos Fervidos que não perceberam que o conceito de administrar mudou. O antigo “administrar é fazer as pessoas crescerem através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo suas próprias necessidades”.
Os Sapos Fervidos não perceberam, também, que seus gerentes, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E que, para isso, o clima interno tem que ser favorável ao crescimento profissional com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto ao individualismo e a turbulência, exige hoje, o esforço coletivo que é a essência da eficácia, como resposta. Tornar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência inter-pessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.
Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência manda quem pode e obedece quem tem juízo, “boiarão” no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.
Acordem Sapos Fervidos, saiam dessa, o mundo mudou, pulem fora antes que a água ferva. O Brasil e a nova ordem econômica precisam de vocês vivos, meio chamuscados, mas vivos e prontos para agir.
O texto que você acabou de ler foi escrito por Luiz Carlos Cabrera - Professor da Getúlio Vargas, e Diretor da PMCeA - Panelli Mota Cabrera & Associados Consultores, estou tomando a liberdade de republicá-lo porque é bom e sempre será atualíssimo. Todos deveriam lê-lo.
Brasília – DF, 13 de setembro de 2006.
Eustáquio Costa
Vários estudos biográficos provaram que um sapo colocado num recipiente com a mesma água de sua lagoa fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, até que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Alguns de nossos empresários e executivos têm um comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E “quebram”, ou fazem um grande estrago em suas empresas, “morrendo” inchadinhos e felizes, sem perceber as mudanças. Outros, graças a Deus, ao serem confrontados com as transformações, pulam, saltam, em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.
Temos vários Sapos Fervidos por aí. Prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos, na água que se aquece a cada minuto. Sapos Fervidos que não perceberam que o conceito de administrar mudou. O antigo “administrar é fazer as pessoas crescerem através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo suas próprias necessidades”.
Os Sapos Fervidos não perceberam, também, que seus gerentes, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E que, para isso, o clima interno tem que ser favorável ao crescimento profissional com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para o compartilhamento, para o planejamento e para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos o culto ao individualismo e a turbulência, exige hoje, o esforço coletivo que é a essência da eficácia, como resposta. Tornar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência inter-pessoal para o desenvolvimento do espírito de equipe, exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir.
Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência manda quem pode e obedece quem tem juízo, “boiarão” no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.
Acordem Sapos Fervidos, saiam dessa, o mundo mudou, pulem fora antes que a água ferva. O Brasil e a nova ordem econômica precisam de vocês vivos, meio chamuscados, mas vivos e prontos para agir.
O texto que você acabou de ler foi escrito por Luiz Carlos Cabrera - Professor da Getúlio Vargas, e Diretor da PMCeA - Panelli Mota Cabrera & Associados Consultores, estou tomando a liberdade de republicá-lo porque é bom e sempre será atualíssimo. Todos deveriam lê-lo.
Brasília – DF, 13 de setembro de 2006.
Eustáquio Costa
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