SPC
Serviço de proteção ao crédito ou serviço de destruição do crédito? É mais fácil administrar o Brasíla, do que administrar no Brasil as pequenas e médias empresas, principalmente as que dependem de insumos transportados a longas distancias, sobre o piso esburacado de nossas estradas. É comum, por exemplo, uma carreta permanecer quebrada nas estradas por vários dias. O atraso faz com que os empresários também retardem a entrega do produto, ficando muitas vezes impedidos de cumprir compromissos financeiros, porque o fluxo de caixa é interrompido bruscamente. Em razão do fato, um cheque devolvido pelo banco – que hoje pouco conhece seus clientes, nem faz questão de protegê-los – cria instantaneamente problemas muitas vezes insuperáveis. Antes mesmo que o credor tenha tomado conhecimento, ou contatado seu devedor, o SPC já divulgou para o país inteiro, e até mesmo para o mundo, a inadimplência, que transita à velocidade da luz, na fibra ótica, enquanto as mercadorias trafegam pelos buracos, em cujas crateras há resquícios de estradas.
Brasília – DF, 29 de agosto de 2006.
Eustáquio Costa
Serviço de proteção ao crédito ou serviço de destruição do crédito? É mais fácil administrar o Brasíla, do que administrar no Brasil as pequenas e médias empresas, principalmente as que dependem de insumos transportados a longas distancias, sobre o piso esburacado de nossas estradas. É comum, por exemplo, uma carreta permanecer quebrada nas estradas por vários dias. O atraso faz com que os empresários também retardem a entrega do produto, ficando muitas vezes impedidos de cumprir compromissos financeiros, porque o fluxo de caixa é interrompido bruscamente. Em razão do fato, um cheque devolvido pelo banco – que hoje pouco conhece seus clientes, nem faz questão de protegê-los – cria instantaneamente problemas muitas vezes insuperáveis. Antes mesmo que o credor tenha tomado conhecimento, ou contatado seu devedor, o SPC já divulgou para o país inteiro, e até mesmo para o mundo, a inadimplência, que transita à velocidade da luz, na fibra ótica, enquanto as mercadorias trafegam pelos buracos, em cujas crateras há resquícios de estradas.
Brasília – DF, 29 de agosto de 2006.
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