Tuesday, March 11, 2014

A HUMANIDADE E O DINHEIRO


A humanidade não inventou ainda, melhor forma de governo do que a democracia, nem melhor forma de convivência econômica do que o capitalismo. O capitalismo estimula a vontade criadora, enquanto que a democracia garante a liberdade de ir e vir, produzir, comprar, vender e lucrar. No ambiente econômico, para fazer tudo funcionar encontra-se o dinheiro que precisa circular como o sangue para manter a chama acesa. No palco da vida real, cada cidadão representa as células que transportam a energia do sangue, dinheiro, com vistas a atingir todos os rincões do país, para que a grande engrenagem viva da economia gire na velocidade desejada por todos. A velocidade de inclusão, que proporciona a consecução de todos os objetivos individuais e coletivos. Sob esse ponto de vista a peça mais importante no contexto são as pessoas. Tudo deve acontecer para garantir melhor qualidade de vida a homens, mulheres e crianças, sem distinção de cor, raça, ou credo. A democracia, o capitalismo e o dinheiro chegam ao século vinte e um com a credencial de longo desenvolvimento e aperfeiçoamento. O socialismo teve o seu tempo de experiência e mostrou-se ineficiente para regular a vida em comunidade, ou para ocupar o lugar do capitalismo. Entretanto, o dinheiro, o capitalismo e a democracia são ferramentas ambíguas, se bem usadas, servem ao desenvolvimento, se mal usadas, servem ao empobrecimento da sociedade. Ou seja, o dinheiro que financia a construção sob todos os pontos de vista, pode financiar a destruição. Pagam-se para implodir o edifício que perdeu a sua utilidade ou finalidade. Quando os governantes querem reinventar o modelo econômico, social ou político, perdem o foco e a sintonia com o povo que os elegeu. Para não incorrer neste grave erro de desfecho imprevisível, é fundamental que todos os agentes sociais, econômicos e políticos desempenhem com eficiência o seu papel no jogo da vida real. Para isso, compreender a função da carta mais importante desse jogo é condição essencial. Essa carta é o dinheiro! No Brasil a maioria das pessoas comuns não sabe lidar com o dinheiro. As autoridades políticas, judiciárias e econômicas agem com invejável amadorismo na lida com dinheiro público ou com a moeda enquanto instituição. A situação é tão grave, que não é exagero afirmar que o BC – Banco Central do Brasil é a instituição mais alienada acerca dos fundamentos do dinheiro. Insiste em tratá-lo como finalidade em si mesmo, esquecendo-se de sua função de sangue, e de meio. Age como o agricultor que planta batatas, quando pretende colher carás. O Brasil está saindo dos trilhos, se continuar se afastando vai descarrilar, para retomar o curso precisará de uma grande alavanca. Mas, poderá faltar o ponto de apoio. Aí, a vaca terá ido para o brejo, irremediavelmente. A integridade do País depende de você. Mude o curso da história, aprenda a lidar com o dinheiro e com o seu voto. Use-os com sabedoria. As eleições estão se aproximando... Quando você escolhe mal, direta ou indiretamente pagará a conta, se ainda tiver algum dinheiro, ou se o seu dinheiro ainda tiver algum valor.
Brasília – DF, 11 de março de 2014.

Eustáquio Costa

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