Sunday, March 30, 2014

RELACIONAMENTO SEXUAL COM INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Penso que a sociedade deve orientar melhor meninas e meninos acerca da sexualidade. Os animais que chamamos de irracionais promovem o encontro sexual, em regra, apenas para a procriação.

Entre homens e mulheres é diferente, principalmente hoje que a liberdade sexual é muitas vezes confundida com libertinagem, mesmo diante do advento da AIDS.

O estimulo sexual entre os animais é aromático e obedece ao desenvolvimento genético. Entre homens e mulheres, há muito que a atração deixou de priorizar estímulos genéticos para se orientar sociologicamente.

A razão é simples: entre todos os animais no processo evolutivo, o único que aumentou o tamanho de seu cérebro foi o homem. O cérebro do homem atual é 3,44 vezes maior do que o cérebro de seu ancestral. Ou seja, desde que desceu da árvore o cérebro do homem cresceu 244%, é muito privilégio para ser desperdiçado.

O crescimento do cérebro deu ao homem uma mente poderosa, enquanto que os outros animais continuam com seu cérebro geneticamente limitado, orientando-se, mais pelo instinto natural do que em razão de sua convivência social.

Entretanto, a maioria de homens e mulheres ainda hoje, em pleno século vinte e um, o século da informática e da internet e da comunicação instantânea, usa pouco mais de 5% de seu potencial mental para se conduzir diante da vida, holisticamente.

A subutilização do potencial mental faz com que homens e mulheres não compreendam o alcance das mensagens corporais que enviam uns para os outros naturalmente, nem as levem tão a sério como deveriam. Mesmo que muitas vezes, as mensagens de um corpo para o outro corpo, sejam mais abrangentes do que a troca de conversa falada ou escrita, quando podem descobrir que de fato, não há interesse bilateral entre ambos, o que promove o afastamento amistoso, sem qualquer possibilidade de agressão.

Em razão da explicação que tem base histórica e científica, a indignação da presidente Dilma e de milhares de mulheres com o resultado da pesquisa que fala sobre as questões sexuais e o estupro, relativamente ao comportamento da mulher não faz sentido, se analisada apenas com apego emocional, porque, com todo respeito e carinho por todas as mulheres, é preciso que repensem sua conduta diante dos homens, mas, também, diante umas das outras, para o bem da humanidade.

Não estou dizendo que o homem se comporta melhor. Nada disto!

Porém, é preciso compreender, que, para o cérebro de qualquer homem que no fundo de seu mais recôndito inconsciente, guarda intacto o espírito animal que herdou de seus antepassados, a mulher que se veste de modo provocante e sai às ruas assim, mostrando suas curvas e parte intima, está fazendo a esse homem um convite para uma transa sexual. Essa é a mensagem inconsciente que o corpo da mulher manda para o corpo do homem que a recebe.

Desse ponto de vista simples e objetivo, mas, verdadeiro, toda mulher que anda pelas ruas com roupas provocantes, mostrando seu corpo e suas curvas, encontra do outro lado, dezenas ou centenas de homens recebendo o seu convite, ainda que, inconsciente.

Felizmente, a maioria de homens, em razão de seu desenvolvimento sociológico que vai além do animal consegue controlar suas vontades e emoções, e por isso, não ataca as mulheres vestidas minimamente, que saem às ruas.

Porém, aquele homem mais distraído, menos desenvolvido sociologicamente, que não consegue controlar suas emoções, terá dificuldade de dominar o estímulo sexual recebido, razão do ataque imprevisível para a mulher.

Neste momento surge o desacordo, eis que, aquela mulher, de fato, não estava sociologicamente fazendo um convite sexual. Mas, instintivamente, do ponto de vista do animal que vive adormecido dentro dela também, de fêmea, está fazendo o convite para a transa sexual.

Eu não sou psicólogo, sou Economista, tenho três filhos, dois homens e no meio uma mulher, que foi tratada com a mesma liberdade. Mas, também, com as mesmas orientações e responsabilidades. Os três são bem resolvidos e vitoriosos como seres humanos, o que me dá certa autoridade para falar com alguma experiência, e alguma sabedoria conquistada em sessenta anos de vida, dedicada ao trabalho e boa convivência social.

Do meu modesto ponto de vista, a discussão acerca das violências sociais não deve ser conduzida sob o clima de paixão nem de irracionalidade, mas, com os pés no chão, com apoio no conhecimento acumulado pela humanidade há milênios, muitas vezes esquecido diante do exercício da vida.

Não sou contra que as mulheres usem roupas miúdas que mostrem suas curvas, nem mesmo suas partes intimas. Porém, a favor de que todas elas tenham consciência que ao agirem assim, principalmente, levando-se em conta o ambiente, estarão provocando em grande número de homens estímulos sexuais que muitas vezes não conseguirão controlar em razão do comportamento animal, que permanece vivo dentro de todos eles.

Penso que, as mulheres devem perguntar umas às outras, por exemplo: como seria a sua reação diante dos homens, se a maioria deles andasse nua ou quase nua pelas ruas das cidades?

Na verdade, o mesmo instinto que leva homens e mulheres ao ataque sexual ousado pode reprimir esse ímpeto quando enxergam nas ruas uns e outros, vestidos segundo a exigência circunstancial.

Ou seja, dificilmente um homem atacará uma mulher bem vestida, assim também, uma mulher não atacará um homem corretamente vestido em seu ambiente social, porque, a situação evidencia a exigência de respeito mutuo. A razão disso também é simples de ser compreendida: comportamento gera comportamento, para mais ou para menos.

É importante que a sociedade repense o seu comportamento de modo genérico, e as mulheres em particular, porque, na cabeça de numero considerável de homens, a mulher que se expõe em demasia está sempre disponível para eles, e aí, mora o perigo permanente!

Não estou aqui fazendo juízo de valor do que é legal, moral ou ético, porque, a solução não está nas leis que discriminam o que é certo e o que é errado. Mas, no melhor aproveitamento da capacidade mental de cada indivíduo, em proveito de seu engrandecimento cultural, social e econômico, usando mais o privilégio de ser diferente, de ser dotado de uma ferramenta poderosa, porém, ambígua, porque, pode ser usada para o bem ou para o mal, que é a inteligência.

A sociedade precisa e deve ensinar a juventude a usar melhor suas mãos, a ocupá-las com a manipulação de coisas positivas que geram riqueza pessoal e coletiva, porque, a mente poderosa com a visão frontal que enxerga longe, auxiliada por mãos desocupadas, se transforma rapidamente em oficina comandada pelo diabo.

Espero, sinceramente, que o artigo seja interpretado tão somente segundo a sua boa intenção, e, por isso, possa contribuir para que pais e mães, meninos e meninas usem cada vez mais a inteligência para se protegerem no exercício diário de seu mais importante trabalho, o trabalho de viverem em harmonia social, porque, viver é um desafio permanente. Viver com inteligência uma necessidade de homens e mulheres, ainda que, apenas, para justificarem o privilégio de terem um cérebro maior, e uma mente mais poderosa.

O exemplo a ser seguido não deve ser as mulheres frutas, mas, as mulheres que usam a cabeça equipada com cérebro desenvolvido e mente poderosa.

Brasília – DF, 30 de março de 2014.


Eustáquio Costa

Tuesday, March 11, 2014

A HUMANIDADE E O DINHEIRO


A humanidade não inventou ainda, melhor forma de governo do que a democracia, nem melhor forma de convivência econômica do que o capitalismo. O capitalismo estimula a vontade criadora, enquanto que a democracia garante a liberdade de ir e vir, produzir, comprar, vender e lucrar. No ambiente econômico, para fazer tudo funcionar encontra-se o dinheiro que precisa circular como o sangue para manter a chama acesa. No palco da vida real, cada cidadão representa as células que transportam a energia do sangue, dinheiro, com vistas a atingir todos os rincões do país, para que a grande engrenagem viva da economia gire na velocidade desejada por todos. A velocidade de inclusão, que proporciona a consecução de todos os objetivos individuais e coletivos. Sob esse ponto de vista a peça mais importante no contexto são as pessoas. Tudo deve acontecer para garantir melhor qualidade de vida a homens, mulheres e crianças, sem distinção de cor, raça, ou credo. A democracia, o capitalismo e o dinheiro chegam ao século vinte e um com a credencial de longo desenvolvimento e aperfeiçoamento. O socialismo teve o seu tempo de experiência e mostrou-se ineficiente para regular a vida em comunidade, ou para ocupar o lugar do capitalismo. Entretanto, o dinheiro, o capitalismo e a democracia são ferramentas ambíguas, se bem usadas, servem ao desenvolvimento, se mal usadas, servem ao empobrecimento da sociedade. Ou seja, o dinheiro que financia a construção sob todos os pontos de vista, pode financiar a destruição. Pagam-se para implodir o edifício que perdeu a sua utilidade ou finalidade. Quando os governantes querem reinventar o modelo econômico, social ou político, perdem o foco e a sintonia com o povo que os elegeu. Para não incorrer neste grave erro de desfecho imprevisível, é fundamental que todos os agentes sociais, econômicos e políticos desempenhem com eficiência o seu papel no jogo da vida real. Para isso, compreender a função da carta mais importante desse jogo é condição essencial. Essa carta é o dinheiro! No Brasil a maioria das pessoas comuns não sabe lidar com o dinheiro. As autoridades políticas, judiciárias e econômicas agem com invejável amadorismo na lida com dinheiro público ou com a moeda enquanto instituição. A situação é tão grave, que não é exagero afirmar que o BC – Banco Central do Brasil é a instituição mais alienada acerca dos fundamentos do dinheiro. Insiste em tratá-lo como finalidade em si mesmo, esquecendo-se de sua função de sangue, e de meio. Age como o agricultor que planta batatas, quando pretende colher carás. O Brasil está saindo dos trilhos, se continuar se afastando vai descarrilar, para retomar o curso precisará de uma grande alavanca. Mas, poderá faltar o ponto de apoio. Aí, a vaca terá ido para o brejo, irremediavelmente. A integridade do País depende de você. Mude o curso da história, aprenda a lidar com o dinheiro e com o seu voto. Use-os com sabedoria. As eleições estão se aproximando... Quando você escolhe mal, direta ou indiretamente pagará a conta, se ainda tiver algum dinheiro, ou se o seu dinheiro ainda tiver algum valor.
Brasília – DF, 11 de março de 2014.

Eustáquio Costa