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Sou economista, comecei minha vida de trabalho como ferreiro, aprendi com o meu avô. Fui sapateiro, aprendi com o meu pai. Fui eletricista, meu primeiro emprego em Brasília na NOVACAP e atendente de enfermagem, porque sonhava fazer medicina.
Sou economista, comecei minha vida de trabalho como ferreiro, aprendi com o meu avô. Fui sapateiro, aprendi com o meu pai. Fui eletricista, meu primeiro emprego em Brasília na NOVACAP e atendente de enfermagem, porque sonhava fazer medicina.
Trabalhei em empresas públicas e
privadas, inclusive em multinacional. Lecionei estatística, pratica de comercio
e matemática financeira. Trabalhei mais de trinta anos em cinco bancos
diferentes, dois deles, bancos públicos, nos quais, ingressei-me por via do concurso
público.
Na área empresarial produzi
moveis e vendi para todos os estados brasileiros. Na agricultura plantei milho,
arroz, criei gado de leite e de corte. Minha história de vida avaliza o título
de trabalhador autentico, com muito orgulho. Fiz do meu trabalho uma profissão
de fé. Nunca aceitei a corrupção perto de mim.
Portanto, o que eu digo é fruto
de larga experiência, visão de mundo real, da economia real. Sei o sacrifício
que é produzir ou ganhar o sustento com o trabalho honesto, em nosso país,
diante da hipocrisia das “autoridades”. Embora eu também acredite que o
trabalho é uma terapia necessária na construção do homem.
A função das autoridades não é
garantir privilégios para as empresas de telefonia, mas, de obrigá-las a prestar
bons serviços à população, é fazer com que as empresas cumpram o seu relevante
papel econômico e social, para que proporcionem meios com os quais a população
possa se comunicar bem, na era da fibra ótica.
Vivemos no âmbito da telefonia um grande paradoxo, porque usamos telefones que raramente falam, mas recebem mensagens vendendo bugigangas a todo instante, desvirtuando a função do telefone.
Vivemos no âmbito da telefonia um grande paradoxo, porque usamos telefones que raramente falam, mas recebem mensagens vendendo bugigangas a todo instante, desvirtuando a função do telefone.
A telefonia brasileira ainda é
uma das mais caras do mundo. Ao longo do processo de investimento pagamos
contas astronômicas para usar os precários telefones. Eu mesmo, cheguei a pagar
R$ 3.000,00 por um telefone celular.
OS brasileiros bancaram os
investimentos das empresas de telefonia. Portanto, somos sócios reais dessas
empresas, de todas elas. Mas, não temos nenhuma ação que represente os recursos
que investimos nelas, e por elas.
Quando os brasileiros compram créditos
para os seus telefones e pagam adiantado por serviços que pretendem usar no
amanhã, quando a necessidade chegar, não podem ser obrigados a gastarem os seus
créditos para atenderem os interesses das empresas telefonia, às suas conveniências,
mas, ao interesse pessoal e particular.
Ninguém tem o direito de se
apropriar desse recurso, antes que o serviço seja realizado, assim como, os
bancos não devem roubar o dinheiro de seus clientes.
Se as empresas escolheram o ramo
da telefonia para atuarem o fizeram por livre e espontânea vontade. No capitalismo,
devem correr os riscos inerentes ao segmento que atuam, como em qualquer outro negócio.
É claro que, há custo para manter
o telefone ativo, porém, é preciso considerar o custo médio, e não o custo
específico de cada telefone, individualmente. Um telefone ativo, mesmo que não
seja usado para fazer ligações, que demore a gastar seus créditos, gera lucro
para as empresas, porque, elas também ganham ao receberem chamadas.
Por outro lado, é
inconstitucional qualquer medida que exproprie o dinheiro do cidadão
injustamente. Meter a mão no dinheiro do povo sorrateiramente, sem autorização,
é bandidagem praticada por todos os envolvidos, pelas empresas e por todos
aqueles que defendem essa prática criminosa.
O Estado não pode ser conivente
com esse crime, porque, se o é, torna-se um estado criminoso e não é esse o
estado que queremos.
Eu não quero ser parte de um Estado
criminoso e tenho certeza, milhões de brasileiros também não querem um estado
criminoso.
Aliás, as empresas de telefonia
cometem diversos crimes: vendem e recebem por um serviço de qualidade, e entregam
serviços de péssima categoria. Exemplos: hoje mesmo eu fiz várias ligações, em
todas elas a linha caiu várias vezes. A banda larga é uma vergonha, vendem-na
como se fosse ilimitada, e quando você mais precisa, reduzem a sua velocidade à
velocidade de uma tartaruga gigante.
Conclusão: vivemos no país do
desgoverno, em que sobram autoridades, elas trombam em todos os corredores dos órgãos
públicos, no executivo, no legislativo e no judiciário, não sobra ninguém. Porém,
em todos esses organismos a falta de autoridade é gritante diante dos episódios
da vida real.
O povo está completamente desprotegido, é explorado, maltratado, desrespeitado a todo instante, e o comportamento das “autoridades” é o mesmo, fazem vista grossa, não enxergam um palmo além de seus narizes arrebitados, como se fossem gente de primeira classe.
Para mim, quem aceita o título de autoridade e não o honra, não passa de pilantra, de bandido, de lacaio subserviente e irresponsável que destróe a sociedade, quando deveria ajudar a construi-la.
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