A maior idiossincrasia do neoliberalismo é confundir dinheiros diferentes. O dinheiro das pessoas físicas e jurídicas de direito privado, é restrito, é contábil. Já o dinheiro do estado, deve ser flexível. Porém, com trato responsável, até mais do que o do dinheiro privado. Diferença, que faz diferença, ao final. O paradoxo está na concepção do juro. O governo pode pagar juros sobre a moeda estrangeira para internalizar novas tecnologias e adquirir bens de produção. Entretanto, sobre a moeda nacional o juro deve ser pago entre as pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Essa dicotomia gera concorrência desnecessária, porque o governo torna-se o maior tomador do dinheiro, do qual ele é o único dono. Detêm o poder de emissão. Essa prerrogativa permite a redução da carga tributária, o seu uso como indutor do desenvolvimento, principalmente nos segmentos necessários, que à iniciativa privada não interessa começar, mas tão somente continuar. Eis o grande desafio da humanidade, compreender o dinheiro.
Brasília - DF, 21 de fevereiro de 2007.
Eustáquio Costa
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